Federação Paulista, Polícia Militar, São Paulo e Palmeiras se reúnem às vésperas de Choque-Rei

Representantes do São Paulo e do Palmeiras se reuniram, por intermédio da Federação Paulista, nesta quinta-feira (25); para acertarem detalhes do próximo Choque-Rei, depois de confusões no MorumBIS.

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Nos pênaltis, o Palmeiras perdeu a Supercopa Rei para o São Paulo no dia 4 de fevereiro; foi o primeiro Choque-Rei desta temporada e aconteceu em Belo Horizonte (MG), no Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, sendo a primeira final paulista da competição nacional.

Um mês depois, no dia 3 de março, pela 11ª rodada do Paulistão, as equipes se reencontraram quando, no segundo Choque-Rei do ano, o Palmeiras manteve a invencibilidade ao garantir empate com o São Paulo em 1 a 1, no MorumBIS, com gol de Alisson, para o Tricolor, e de Raphael Veiga, para o Verdão.

O clássico ficou marcado por confusões causadas por tricolores, com o árbitro de São Paulo x Palmeiras relatando ameaças de dirigentes em súmula. Na ocasião, Julio Casares, presidente são-paulino, contestou pênalti para o Palmeiras, cometido pelo goleiro Rafael contra Murilo; a não expulsão de Richard Ríos e outra penalidade, desta vez não anotada a favor do Tricolor, cometido contra o atacante Luciano.

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Além dos ataques ao árbitro Matheus Delgado Candançan, o técnico Alviverde acabou vítima da fúria de Carlos Belmonte, diretor do Tricolor que, aos gritos em direção ao árbitro, disse: “o Abel apitou pra vocês, esse português de merda”. A presidente do Palmeiras pediu punição ao diretor do São Paulo.

Abel Ferreira também foi impedido de dar entrevista ao final da partida, inviabilizada pelo “princípio da reciprocidade”. Segundo os dirigentes são-paulinos, o Alviverde também não dispõe sala à coletiva de visitantes no Allianz Parque. Por isto, o São Paulo foi punido com 1% do salário de Carpini; R$ 5 mil.

Dias depois da manifestação xenófoba contra o treinador português, arrependido, Carlos Belmonte se retratou e pediu desculpas ao Palmeiras e a Abel Ferreira, em vídeo vajado pelo TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) da Federação Paulista de Futebol.

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Agora, na segunda-feira (29), os times vão se reencontrar no Morumbis, às 20h (de Brasília), para a disputa da 4ª rodada do Brasileirão, no primeiro Choque-Rei após as confusões de 3 de março. Em reunião virtual, com a participação da FPF, as equipes acertaram protocolos para a realização do clássico.

Representantes da Polícia Militar do Estado de São Paulo também participaram do encontro virtual, onde ficou definido que o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, poderá utilizar o auditório do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o MorumBIS, para conceder sua entrevista coletiva após o jogo.

A presidente Leila Pereira e diretores do Palmeiras serão recebidos em um camarote central, na casa Tricolor, de onde acompanharão o Choque-Rei. A expectativa dos dirigentes do São Paulo é a de que, no próximo encontro entre os times, no Allianz Parque, sejam oferecidas as mesmas condições.

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À época de toda a confusão, a Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Futebol denunciou as agressões dos dirigentes e alguns jogadores do São Paulo contra a comissão de arbitragem e o ataque xenófobo de Belmonte contra Abel Ferreira.

Posteriormente, foi celebrado um acordo entre o órgão e o clube Tricolor para o pagamento de multas que, somadas, chegam a R$ 205 mil; além da gravação do vídeo em que Carlos Belmonte pede desculpas à Sociedade Esportiva Palmeiras e a Abel Ferreira pela ofensa que lhe fora proferida pelo mesmo.

São Paulo e Palmeiras chegarão ao terceiro Choque-Rei do ano com vitórias pela Libertadores. Nesta quinta-feira (25), o Tricolor venceu o Barcelona SC, de Guayaquil, por 2 a 0. Já o Verdão, na quarta-feira, derrotou o Independiente del Valle por 3 a 2, de virada, na altitude de Quito.

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