quinta-feira, julho 4, 2024
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Presente de Abel Ferreira a árbitro; por que Palmeiras não entregou?

Episódio em que treinador do Verdão é flagrado arrancando celular da mão de um produtor da Globo, na zona mista do Mineirão, no último domingo (28); tem rendido debates intermináveis.

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Pedro Spinelli, produtor da Globo Minas, estava na zona mista do Estádio Governador Magalhães Pinto, o famigerado Mineirão, acompanhando as passagens de dirigentes e jogadores quando presenciou uma discussão entre o dirigente de futebol do Palmeiras Anderson Barros e o quarto árbitro Ronei Cândido Alves.

Segundos antes Abel Ferreira teria tentado presentear Alves com uma camisa do Palestra por, segundo disse o técnico, em coletiva, ter tido ‘paciência’ com o comandante palmeirense à beira do deteriorado gramado mineiro.

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No vídeo, gravado por um repórter da Rádio Itatiaia, Anderson Barros discute com o quarto árbitro quando é interrompido por Abel que pretende, ali mesmo, dar ao assistente uma camisa do Palmeiras, uma gentileza comum e histórica, talvez, desde quando o futebol se profissionalizou.

Entretanto Ronei se nega a receber o presente ali, mesmo, em público, e diz ao português que pedirá a alguém para buscá-lo, no vestiário do clube paulista, e o agradeceria.

Após esse momento Ronei deixa o local aos gritos de Barros para o seu retorno à conversa que o diretor alviverde estava tendo com ele, membro da arbitragem da partida entre mineiros e paulistas pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro.

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Anderson Barros, chamando ‘senhor, senhor’ enquanto Ronei Cândido Alves se dirigia para o vestiário dos árbitros, foi contido por seguranças do Mineirão e, logo em seguida, entraram em cena os do Palmeiras, em defesa do dirigente. Nesse momento, percebendo a confusão, Abel retorna, talvez, para apaziguar a discussão, quando percebe que Spinelli registra, com seu celular, a contenda entre Barros e Alves.

Sem perceber que outro repórter também fazia imagens na zona mista – permitida à circulação de profissionais da imprensa, arbitragem, estafes dos clubes e jogadores – o treinador do Verdão arranca o telefone das mãos do produtor da Globo Minas e, quando nota o outro jornalista lhe filmando, devolve o aparelho ao primeiro e dispara, para o segundo: “o futebol brasileiro está assim por vossa responsabilidade”.

É legal a entrega de presentes, por parte de clubes, jogadores e técnicos, à arbitragem?

Respondendo diretamente; sim. No futebol mundial, comissões de arbitragens recebem meiões, camisas, bolas, luvas, todo tipo de souvenir dos clubes desde quando o esporte se profissionalizou, provavelmente. Isso pode acontecer antes ou depois das partidas. Porém, são raros os casos em que os protagonistas, ou seja, jogadores e técnicos, entregam os mimos pessoalmente aos árbitros. Geralmente a gentileza é oferecida pelo clube, que elege um representante para encaminhá-la aos agraciados.

Como relatamos no início deste artigo, Abel Ferreira disse, em entrevista coletiva, que pretendia dar o presente ao quarto árbitro por ele ter tido ‘paciência’ com o explosivo treinador lusitano, na partida que acabou empatada em um a um, entre Atlético-MG e Palmeiras.

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