História escrita pelo Palmeiras dos anos 90 completa 30 anos

Em pé Mazinho, Roberto Carlos, César Sampaio, Tonhão, Sérgio, Antônio Carlos. Agachados Edmundo, Daniel, Evair, Edílson e Zinho. (Foto: Reprodução)

O time que começou o ano de 1993 dirigido por Otacílio Gonçalves, o Chapinha, transformou a história do Palmeiras, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, naquele 12 de junho.

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Quem não viveu aqueles tempos, torcendo para o Verdão, não faz ideia do significado da conquista daquele campeonato estadual, o de menor importância entre todos os torneios que um time de futebol da séria A disputa.

Em agosto de 1976, no Parque Antarctica com 35.533 torcedores, o Palmeiras venceu aquele que seria seu último título antes de um jejum de 16 anos e 10 meses. Era um Campeonato Paulista, também, quando o Palestra tinha como técnico o ex-volante Dudu, um dos ídolos da Academia de Futebol da década de 60 com Ademir da Guia.

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Dentro deste longo período o Alviverde ainda amargou dois fracassos em decisões do estadual, perdendo os títulos de 1986 e 1992 para Inter de Limeira e São Paulo, respectivamente.

Neste segundo vice-campeonato o Palmeiras já contava com a parceria da Parmalat, no clube desde 1991. Mas foi só dois anos após o início do patrocínio que o Palestra começou a colher os frutos dos investimentos da empresa italiana de alimentos quando, em 1993, contratou Edmundo, Edílson e Roberto Carlos para um time que já contava com Mazinho, Antônio Carlos, Evair e Zinho. Aquele time, quando passou a ser comandado por Vanderlei Luxemburgo, foi apelidado de “Dream Team”, time dos sonhos.

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Um time que assombrou, bastante, o Palmeiras no fim dos anos 80 foi o Bragantino que, à época, era dirigido por Luxemburgo, contratado pelo clube de Parque Antarctica 3 anos depois, quando estava na Ponte Preta, com a demissão de Otacílio Gonçalves pela derrota para o Mogi Mirim, que contava com o atacante Rivaldo (ele mesmo), por 2 a 1, no Parque Antarctica, no Paulistão de 1993. Até então, o Verdão estava invicto jogando em casa.

O Palmeiras, que oscilava demais com Chapinha, ganhou sintonia quando o, então, jovem Vanderlei Luxemburgo assumiu a equipe e conquistou, além dos estaduais de 93 e 94, os títulos de Campeão Brasileiro dos mesmos anos.

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A primeira final do técnico carioca no Verdão foi tensa. No confronto de ida da decisão contra o Corinthians, dia 06 de junho de 1993, domingo, no Estádio do Morumbi com 94 mil torcedores de ambas as equipes; Neto tentou marcar em cobrança de falta, sua especialidade, mandando chute forte da lateral direita do campo de ataque que, se não tivesse tido a bola desviada, para dentro do gol do Palmeiras, por Viola, teria ido para a linha de fundo. Isso aconteceu com 13 minutos de jogo. Esse foi o único gol da partida.

Ao marcar, o atacante corintiano imitou um porco, ao lado da trave do goleiro Sérgio, o que irritou, ainda mais, os palmeirenses que, àquela altura, temiam reviver o fracasso na final do ano anterior, para o SPFC.

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No sábado seguinte à derrota foi o dia da grande final; 12 de junho de 1993, quando o Palmeiras venceu o Corinthians, diante de 104 mil pessoas, por 4 a 0 em uma partida disputada e com expulsões.

O primeiro gol foi feito por Zinho, aos 36 minutos, e o placar já permitia, segundo o regulamento, que a decisão fosse para a prorrogação – mesmo com outros dois tentos feitos por Evair e Edílson, no tempo normal – em virtude do saldo de gols favorável ao rival.

Evair, de pênalti, marcou no tempo extra e fechou a vitória mais emocionante de toda a história do clube de Palestra Itália, desde a sua fundação, em 1914. Ali, renascia o maior campeão do Brasil, no Dia da Paixão Palmeirense.

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