Na noite deste domingo (28), Atlético-MG e Palmeiras se enfrentaram, no Mineirão, pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro, em um jogo com polêmicas dentro e fora de um campo, literalmente, minado.
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O gramado do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, está em péssimas condições e não oferece, sequer, segurança aos jogadores, expostos à lesões em virtude de um piso imperfeito, repleto de desníveis e buracos. Mesmo assim, a oitava partida do Campeonato Brasileiro entre Atlético-MG e Palmeiras, foi realizada na capital mineira.
Sem Piquerez, que ficou em São Paulo tratando desgaste muscular, o Palmeiras entrou em campo com Vanderlan, em sua vaga, e Marcos Rocha, reassumindo a titularidade depois de ficar fora dos gramados, recuperando-se de lesão na coxa esquerda, desde o dia 26 de abril passado. Durante o período a vaga do lateral ficou com Mayke.
Aos 6 minutos da etapa inicial de jogo, Gustavo Gómez afastou a bola na lateral esquerda do campo defensivo do Verdão e acabou ligando Rony, no contra-ataque. Próximo à entrada da área o atacante do Palmeiras dominou, de cabeça, girou o corpo e acertou um golaço, de bicicleta, contra a meta do goleiro Everson.
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À beira do gramado o lance foi, corretamente, acompanhado por um dos auxiliares do árbitro FIFA Braulio da Silva Machado. No momento em que a bola entra no gol do Galo, o bandeirinha corre para o meio do campo com seu instrumento abaixado, validando o gol do atacante do Palestra.
Instantes depois, por orientação de Rodrigo Ferreira, árbitro do VAR, Machado anulou o gol do Palmeiras.
As imagens que relatam o impedimento do ‘Rústico’ não são claras, tampouco confiáveis. Segundo a CBF, uma única câmera registrou a suposta irregularidade e, como aconteceu na partida contra o Tombense, pela Copa do Brasil, dia 26 de abril – fato recordado pelo técnico Abel Ferreira em entrevista coletiva – a imagem foi feita em ângulo diagonal.
Quando o jogo estava nos minutos finais do primeiro tempo, Gustavo Gómez saiu errado e entregou a bola nos pés Cristian Pavón que disparou em direção à area do Palmeiras, desviou do zagueiro Luan e mandou para o gol, sem chance de defesa ao goleiro Weverton.
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O Palestra empatou com Dudu, no segundo tempo, que cabeceou bola cruzada por Rony. E terminou assim o oitavo jogo do Campeonato Brasileiro 2023; com empate em um a um, em um gramado sem condições para uma partida de futebol e com gol anulado por suposto impedimento cujas imagens não convencem que, de fato, aconteceu.
Após o duelo entre os clubes, na zona mista, o jornalista Pedro Spinelli registrava, com seu celular, uma discussão entre o diretor de futebol da Sociedade Esportiva Palmeiras Anderson Barros e o quarto árbitro Ronei Cândido Alves. Nesse momento, Abel Ferreira chegou e tirou o celular das mãos do repórter da Globo Minas. A cena foi registrada por outro jornalista, da Rádio Itatiaia.
Em coletiva o técnico palmeirense reconheceu o excesso e se desculpou, perante a todos os jornalistas presentes.
Entretanto, o portal ‘ge’ publicou matéria, nesta segunda-feira (29), em que relata o episódio envolvendo o treinador do Palmeiras e sugere que ele seja denunciado, pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva – assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva, cuja pena é de uma a seis partidas de suspensão.
O artigo cita, inclusive, condenação do centroavante Jonathan Calleri, do São Paulo, que jogou no chão o celular de um torcedor palmeirense, ano passado, no Allianz Parque. Na época o atleta pagou R$ 30 mil de multa e gravou vídeo se desculpando com o torcedor.